Especialista em economia era minha falecida mãe, na minha infância administrava com perfeição os humildes recursos da família com sete filhos.
Naquele tempo se fazia economia poupando e produzindo. Meu pai, também já falecido trabalhava em uma empresa processadora de fumos e a mãe administrava os recursos domésticos complementares. Tínhamos um terreno de 22x55 metros que eram totalmente aproveitados, na parte da frente um jardim com produção de flores, como rosas, orquídeas e folhagens que serviam para produzir arranjos, coroas para comercialização no local, uma floricultura como estas hoje existentes. Nas laterais eram plantados pinheiros para serem vendidos como árvores de natal, seguindo para mais para o fundo havia um pomar que produzia laranja, pêssego, ameixa, uva, abacate, butiá, entre outras e os espaços restantes tudo era cultivado com hortaliças sempre para vender e também para o consumo da família. Criávamos algumas galinhas para produção de ovos e também para consumo de carne. Além dos serviços domésticos que eram todos manuais na época ela fazia blusas, guardanapos, colchas, blusões em crochê para atender encomendas e em datas importantes como, natal, páscoa, finados, produzindo doces, arranjos e coroas de flores artificiais. Sobretudo tinha a tarefa de administrar e conseguiu ensinar os filhos tudo que sabia, pois nos tempos de crise é conveniente produzir e consumir produtivamente.
Hoje é visível a qualquer pessoa que o sistema econômico mundial está doente sem perspectivas de melhora. Em razão disso faz-se necessário criar uma economia independente da existente, paralela para que não se contamine com a atual e então será possível evitar a quebra que poderá culminar no caos econômico e social.
Portanto, vale lembrar que agora é tempo de esquecer a lei de Gerson, ter sensatez, agir rapidamente eliminando os conceitos atuais e criando novos paradigmas com visão em benefício da coletividade como forma de sobrevivência individual.
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